Tarde de praia, ao longe
Lentamente construo estes murmúrios,
nesta palavra mar já tão profunda.
Solto o vento de rodas as viagens,
nestas praias de gente sem fronteiras.
Pequenas multidões pulsam a vida
e o mar apenas sobe mais azul.
Minucioso, espalho o meu olhar,
pelo secreto adeus do horizonte.
No som tão repetido dos navios,
há muito se esgotaram as sereias.
Desce a preguiça pela tarde lenta,
nas horas o silêncio vem de longe.
(Rui Namorado)
domingo, 29 de junho de 2008
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