Esta actividade centrava-se sobre a utilização do questionário na investigação. Trata-se de um instrumento de recolha de dados que é muito utilizado na investigação quantitativa, embora também seja considerado útil em investigações que adoptem uma metodologia mista. O objectivo dos questionários é a obtenção de informação sobre determinados aspectos de uma determinada população e, eventualmente, a relação entre esses mesmos aspectos. Para que cumpra o seu fim, tem de ser elaborado de forma rigoroso para que i) se obtenha, de facto, a informação de que se precisa para o estudo; ii) a informação recolhida possa ser analisada e tratada da forma pretendida. Ambos os fins podem ser assegurados através de uma pré-testagem do questionário.
Este instrumento pode ser utilizado em diversos tipos de estudo, como, por exemplo, estudos confirmatórios (para confirmação, ou não, de hipóteses), estudos exploratórios e descritivos (onde não se parte de hipóteses, mas sim de questões investigativas).
Na bibliografia consultada – Educational Research (ver resumo e espaço ‘Gogos, conchas e pérolas), Guide to the design of questionnaires (ver espaço ‘Gogos, conchas e pérolas) e Hill e Hill[1] foi possível detectar princípios para a construção de um questionário, para além das suas vantagens e desvantagens.
Trabalho em grupo (equipa azul):
Tentámos construir o nosso conhecimento acerca deste instrumento de recolha de dados à luz das questões colocadas pelas docentes da unidade curricular. Assim, todos participamos nos diferentes temas, no sentido de partilhar os resultados das nossas pesquisas, de esclarecer dúvidas e debater opiniões.
Todos participámos activamente na elaboração do esquema gráfico sobre o planeamento de um questionário. A avaliação que a equipa fez da participação de cada um dos seus elementos é reflexo disso.
O nosso esquema e trabalho finais partiram sempre da necessidade da hipótese, facto que só na fase de discussão em grande grupo se revelou como sendo redutor, uma vez que o questionário também pode ser utilizado em outros tipos de estudos. (Fruto da sobrevalorização de algumas fontes? – novamente a importância da consulta de diversas fontes!)
No entanto, penso que esta fase serviu para analisar, de forma aprofundada, os aspectos a serem tidos em conta aquando da elaboração de um questionário – que, afinal, é muito mais complexo do que eu alguma vez tinha suposto.
Participação no fórum geral:
Foi nos dois temas de discussão, ‘Hipóteses – sempre?’ e ‘Proposta de um exercício de validade’ que alguns aspectos muito interessantes foram aprofundados. Desde logo, a facto de um questionário não servir exclusivamente para recolher dados que permitam confirmar ou rejeitar uma hipótese (como, aliás, já disse anteriormente).
Abordámos a diferença entre a hipótese e a questão investigativa e o que uma e outra implicam em termos de desenvolvimentos dos estudos e, consequentemente, dos questionários.
Debatemos a validade científica da abordagem qualitativa, com argumentos, que em parte resultaram da consulta de Bogdan e Biklen[2].
Curiosamente, foi nesta segunda parte que a análise do questionário da dissertação, que tinha sido trabalhada na primeira fase desta actividade, ganhou maior importância, uma vez que serviu para mostrar que a elaboração de um questionário não tem de partir de uma hipótese. Além disso, conforme fui aprofundando os meus conhecimentos, comecei a perceber melhor o raciocínio que norteou a investigadora na elaboração do questionário – ao ponto de considerar que, para ser possível responder a algumas das questões investigativas, alguns dos itens do questionário teriam de ser reformulados e seria necessário acrescentar mais algumas questões para obter dados que permitissem um estudo realmente rigoroso.
Penso que nas minhas intervenções consegui mostrar que identifiquei as ideias centrais sobre este instrumento de recolha de dados. Tentei aprofundar alguns aspectos, recorrendo, através de citações, aos recursos bibliográficos e à dissertação que serviu de base a esta actividade. Comentei o ponto de vista dos colegas, no sentido de reforçar algumas ideias e procurei centrar-me nas temáticas que sucessivamente foram propostas pela docente.
Em síntese, foi uma actividade que incidiu num instrumento de recolha de dados que me surpreendeu pela complexidade que sua construção cuidada implica.
[1] HILL, M. e Hill, A. (2005). Investigação por Questionário. Lisboa: Edições Sílabo.
[2] BOGDAN, R. e BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora.
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