segunda-feira, 30 de junho de 2008

Salpico de poesia

Da água

Não há senão um leito rente à terra
a luz vacilante de pássaros
os olhos atravessados pelos juncos
o lenço pequeno e íntimo
que levamos à boca para não esquecer
como era quente e masculino o coração da água.
(Eugénio de Andrade)

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